O governado do Estado não poderá cortar o ponto dos professores grevistas por decisão de liminar obtida sábado pelo Cpers/Sindicato.
O corte do ponto com o consequente desconto dos dias parados foi determinado na sexta-feira pelo governador José Ivo Sartori (PMDB).
O sindicato recorreu à Justiça, e o desembargador Sérgio Beck deferiu o pedido.
Professores decidem manter greve por tempo indeterminado
Em seu despacho, o magistrado determina que "as autoridades coatoras se abstenham de efetivar quaisquer descontos dos vencimentos dos servidores representados pelo Cpers referente à greve declarada em 05/09/17, bem como o lançamento de faltas".
Em sua decisão, Beck afirma que o parcelamento e o atraso do pagamento dos salários afronta o artigo 35 da Constituição Estadual.
O desembargador reconhece os prejuízos aos professores em consequência dos eventuais descontos dos salários, caso o ponto seja cortado e a medida aplicada pelo governo.
Professores estaduais querem fortalecer a greve
Em seu site, o Cpers/Sindicato divulgou nota comunicando que o Tribunal de Justiça deferiu a liminar requerida no mandado de segurança impetrado pela entidade.
"Sartori não poderá cortar o ponto dos grevistas. Mais uma vitória da nossa greve, que continua forte em todo o Estado", diz trecho da nota.
REUNIÃO
Os secretários da Coordenação de Governo irão se reunir nesta segunda-feira com os coordenadores regionais de Educação para explicar a situação financeira do Estado e as medidas para equilibrar as contas e voltar a pagar em dia o funcionalismo.
Após anúncio de Sartori, Cpers afirma que greve dos professores continua
Também será reforçado o apelo para que os professores retomem as aulas.
Participarão do encontro os secretários Fábio Branco (Casa Civil), Carlos Búrigo (Planejamento, Governança e Gestão), Ronald Krummenauer (Educação) e Cléber Benvegnú (Comunicação).